Pela primeira vez, a jovem Barbara Penna
poderia ficar frente a frente com o ex-marido, João Guatimozin Moojen Neto, depois da
noite em que teve o corpo queimado e foi jogada por ele do terceiro andar de um prédio
em Porto Alegre (RS). O acusado colocou fogo em todo o apartamento e os dois
filhos do casal morreram, além de um vizinho que tentou ajudar. Após o crime, ocorrido em 2013, Moojen Neto foi preso e alegou estar drogado no dia da agressão
Reprodução Rede Record
No entanto, de acordo com a assessoria de comunicação da Susepe (Superintendência dos Serviços Penitenciários), Moojen Neto se negou a ser transportado junto com outros presos que também haviam sido intimados para comparecer ao fórum nesta quinta-feira (26). Ainda conforme a assessoria, Moojen Neto exigiu ser levado em viatura exclusiva, com segurança redobrada. Como não houve tempo hábil para montar a escolta especial, o réu não foi conduzido à audiência de instrução, realizada na quinta-feira
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Os dois filhos do casal, um bebê de três meses e uma menina de dois anos, morreram. Um vizinho, de 76 anos, que tentou ajudar no resgate também acabou morrendo
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Barbara contou que foi agredida pelo marido e pediu para que ele parasse para não acordar as crianças. Ele continuou a agredindo até que a jovem desmaiou. Barbara acordou com o apartamento já em chamas. Ela correu para a cozinha, onde não havia grades na janela e gritou por socorro. Em seguida, o marido a arremessou do 3º andar
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A jovem teve 40% do corpo queimado e ficou quatro meses internada. Ela ainda passa por cirurgias
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A audiência aconteceu na 2ª Vara do Júri, no Fórum Central de Porto Alegre. Na ocasião, foram ouvidas oito testemunhas de acusação. Barbara foi a primeira a ser ouvida. Moojen Neto responde por três homicídios qualificados e uma tentativa de homicídio qualificado e mais crimes que atentam contra criança e idoso
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Barbara se tornou um marco na luta contra a violência doméstica. Ela falou sobre a violência vivida e emocionou o País.
— Eu queria fazer um apelo para que as mulheres denunciem, não deixem chegar nesse ponto que eu cheguei. Quando os homens começarem a agredi-las verbalmente, já denunciem