O Rio de Janeiro será palco de ao menos mais três manifestações até o fim da semana. O próximo ato está marcado para as 16h desta terça-feira (18), em São Gonçalo, região metropolitana. A concentração será na praça Zé Garoto. O movimento nacional, que reclama do aumento das passagens de ônibus (de R$ 2,75 para R$ 2,95), dos gastos com Copa e Olimpíada e exige educação e saúde de qualidade, reuniu cerca de 100 mil pessoas no centro da capital fluminense, na noite de segunda-feira (18).
Na quarta-feira (19), a manifestação promete tomar as ruas de Niterói. O encontro está marcado para as 17h, na praça Arariboia. Na última sexta-feira (14), cerca de 2.500 pessoas haviam parado o trânsito na cidade.
Nas redes sociais, um novo protesto já está marcado para a capital fluminense, na quinta-feira (20). A hora e o local não foram definidos, mas o protesto deve acontecer entre 16h e 17h nos arredores do Maracanã, onde Espanha e Taiti se enfrentarão pela segunda rodada da Copa das Confederações.
Domingo (16), durante a vitória da Itália sobre o México por 2 a 1, policiais e manifestantes se enfrentaram nas proximidades do estádio. Ruas e até a passarela do metrô foram fechadas. A confusão de estendeu até a Quinta da Boa Vista.
Cem mil nas ruas do centro
Milhares de manifestantes tomaram as avenidas Presidente Vargas e Rio Branco, no centro do Rio, no fim da tarde desta segunda-feira (17). Segundo estimativa da PM, o movimento reuniu cerca de 100 mil pessoas.
A marcha começou pacífica, mas terminou com confronto e depredações a prédios públicos, bancos e estabelecimentos comerciais, por conta da ação de um pequeno grupo. O Batalhão de Choque, que chegou à região da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) por volta das 23h20, controlou a situação.
Os conflitos começaram perto das 20h, quando a Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) sofreu tentativa de invasão e a Polícia Militar reagiu lançando bombas de efeito moral. A multidão se dispersou após a reação dos policiais.
Manifestantes pularam as grades que separavam o público da Alerj. Alguns usaram as grades para forçar a entrada. Um deles chegou a invadir o prédio histórico por uma das janelas e chegou a arrancar uma cadeira. Cestos de lixo foram queimados na região e ao menos um carro foi virado e incendiado.
Segundo a assessoria da PM, ao menos 20 agentes ficaram feridos. Outra oito pessoas se machucaram no protesto. Um jovem identificado como Bruno Alves levou um tiro de raspão no ombro. Ele foi levado ao Hospital do Andaraí e passa bem.