Em 2019, Brasil começou a respeitar futebol feminino

Primeira e segunda divisões do Brasileiro, Copa do Mundo, Marta na luta por igualdade e Cristiane com mesma marca de Pelé marcaram ano

Retrospectiva 2019|Do R7

29/12/2019 - 02h00 (Atualizado em 19/04/2024 - 15h08)

Se tem uma modalidade que cresceu em 2019, certamente é o futebol feminino. Os grandes clubes do Brasil criaram times de mulheres. Mesmo sendo obrigados pela Conmebol e CBF, a presença das maiores torcidas é importante para desenvolvimento do esporte. Foram criados campeonato nacionais das categorias de base. Na seleção, foi contratada uma das melhores técnicas do mundo, a sueca Pia Sundhage. E Marta segue sendo a rainha, mesmo sem levar o título de melhor do mundo.
O caminho ainda é longo, mas o ano foi fundamental para evolução da modalidade

Marta é uma das maiores da história do futebol mundial. Mais uma vez usou seu nome e sua marca para pedir igualdade entre homens e mulheres. Como protesto, disputou a Copa do Mundo da França sem patrocínio na chuteira, já que as empresas ofereceram a ela valores muito mais baixos que pagam aos homens

A Copa do Mundo de Futebol Feminina bateu recorde de audiência. Ao todo, 1,12 bilhão de pessoas acompanharam pela TV. Nos estádios, o público médio foi de 17,27 milhões, mais que o dobro da edição de 2015, no Canadá. Todos viram os Estados Unidos serem bicampeões, liderados por Megan Rapinoe, melhor do mundo em 2019

O Brasil foi eliminado nas oitavas de final do Mundial e a CBF resolveu renovar completamente a seleção. Para comandar essa mudança, foi chamada Pia Sundhage. Técnica sueca bicampeã olímpica com as norte-americanas. Desde sua chegada, Marta e companhia seguem invictas nos 90 minutos e só perderam uma partida nos pênaltis para a China

Pela primeira vez, as mulheres brasileiras disputaram amistosos internacionais na Datas-Fifa. Coisa comum entre os homens. O próximo objetivo é a conquista de uma medalha olímpica em Tóquio 2020

2019 também vai ficar marcado na história de Cristiane e do futebol brasileiro. A atacante do São Paulo igualou o número de gols do Pelé com a camisa verde amarela, 95 gols

O São Paulo foi campeão da Série B. Junto com o Tricolor subiram: Palmeiras, Cruzeiro e Grêmio

Na Série A, a Ferroviária venceu o Corinthians e virou bicampeã Brasileira

Mas a final brasileira da Libertadores, o Corinthians levou a melhor sobre a Ferroviária e levou para o Parque São Jorge mais uma taça da competição continental

Na festa do Brasileirão pela primeira vez as premiações foram iguais para homens e mulheres. O Corinthians dominou a seleção feminina do campeonato

Mas para fortalecer o esporte forte, é necessário uma base forte. O Brasil disputou campeonatos internacionais nas seleções sub-19, 17 e sub-20

Pela primeira vez foram organizados campeonato Brasileiros da sub-18 e sub-16, o São Paulo conquistou o sub-16 e o Internacional, o sub-18. Ainda falta muito, mas não tem como negar que passos importantes foram dados

Se tem uma modalidade que cresceu em 2019, certamente é o futebol feminino. Os grandes clubes do Brasil criaram times de mulheres. Mesmo sendo obrigados pela Conmebol e CBF, a presença das maiores torcidas é importante para desenvolvimento do esporte. Foram criados campeonato nacionais das categorias de base. Na seleção, foi contratada uma das melhores técnicas do mundo, a sueca Pia Sundhage. E Marta segue sendo a rainha, mesmo sem levar o título de melhor do mundo. O caminho ainda é longo, mas o ano foi fundamental para evolução da modalidade

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