Camila, Halsey e Ariana: famosos vão para as ruas
DivulgaçãoA morte de George Floyd, um homem negro que foi asfixiado até a morte por Derek Chauvin, um policial branco, no dia 25 de maio, gerou revolta em diversas partes dos Estados Unidos e causa protestos que já duram mais de uma semana.
A repressão do agente de segurança pública, causada porque o homem tentou realizar uma compra com uma nota falsa de US$ 20, tem ganhado adesão não só de anônimos, mas também de famosos de todas as áreas, nacionalidades e etnias.
O envolvimento das celebridades nos protestos que ressaltam o movimento Black Lives Matter (Vidas Negras Importam) acontecem em mais de 140 cidades têm gerado não apenas notas de repúdio nas redes sociais, mas também a presença deles nas ruas, o que já causou até prisões.
Mesmo em meio à pandemia de coronavírus, que faz dos Estados Unidos um dos países mais afetados do mundo, famosos como Harry Styles, Ariana Grande, Shawn Mendes, Camila Cabello e Halsey foram flagrados entre os manifestantes ou têm ajudado financeiramente a causa.
Grávida, Katy Perry tem ajudado financeiramente
Reprodução/YouTubeO ex-One Direction, por exemplo, doou para um fundo que tem como objetivo pagar fianças de detidos durante os protestos. Katy Perry, grávida do primeiro filho, também aderiu à ajuda financeira.
Beyoncé, por sua vez, fez um post emocionado no qual incentiva os fãs a assinarem uma petição que exige a prisão do policial que asfixiou Floyd até a morte. "Nós precisamos de justiça para George Floyd. Por favor, assinem e continuem a orar pela paz, compaixão e cura do nosso país", falou. "Todos nós testemunhamos o assassinato dele em plena luz do dia. Estamos despedaçados e revoltados", acrescentou.
Halsey foi para as ruas. A cantora foi flagrada ajudando no atendimento de manifestantes feridos em Santa Monica, na Califórnia. "Não subestime essas balas de borracha, porque lhe disseram que elas 'não são letais'. Eu tive que enfaixar um homem que parecia que todo o seu rosto havia explodido hoje", escreveu a cantora de 25 anos nas redes sociais no domingo (31).
"Então, antes de dizer, no conforto de sua casa, que estamos exagerando, considere os ferimentos que alguns sofreram", completou.
Halsey socorre manifestantes feridos por balas de borracha
Reprodução Instagram"E se você é um aliado branco que vai ficar em pé e gritar e antagonizar os policiais e os negros e depois se esconder atrás de corpos negros quando os tiros começam a disparar, vá se f***. Você não consegue entender o mínimo da bravura dos negros na linha de frente. Obrigada a todos que ficaram", disse a cantora.
O cantor e ator Yungblud acompanhou Halsey e elogiou a coragem da amiga. "Eu preciso dizer que @halsey você foi incrível hoje. Você agiu sem medo e sem egoísmo", escreveu o artista nas redes sociais. "Você foi tão corajosa e inspiradora. Quando pessoas inocentes foram ilegalmente feridas, você estava lá com um kit de emergência enfaixando-as. Você não pensou em si mesma por um momento. Tenho orgulho de conhecê-la", escreveu nas redes sociais.
Yungblud flagrado em manifestação de Santa Monica
Reprodução InstagramJá Cole Sprouse, da série Riverdale, chegou a ser detido, também em Santa Monica, na Califórnia. "É preciso afirmar que, como homem branco heterossexual e figura pública, as consequências institucionais de minha detenção não são nada em comparação com outras pessoas dentro do movimento", alertou.
A cantora Ariana Grande fez questão de ir para a rua e levou um cartaz escrito Vidas Negras Importam. Apesar da máscara, acabou sendo reconhecida pelos fãs.
A estrela pop tem se manifestado nas redes sociais sobre como os votos durante as eleições de novembro podem ser primordiais para mudar essa situação.
O casal Shawn Mendes e Camila Cabello também enfgrentou as ruas. O casal, que está passando a quarentena do coronavírus em Miami, na Flórida, foi flagrado no meio das manifestações.
Shawn Mendes e Camila Cabello nas ruas de Miami
Reprodução InstagramOutro que fez questão de dar a cara à tapa foi o ator Michael B. Jordan (Pantera Negra e Creed). Vestido com roupas pretas e uma bandana que cobria metade do rosto, o astro foi à manifestação e ficou na linha de frente ao lado de várias pessoas.
Os protestos não contam apenas com o envolvimento de pessoas físicas. A indústria musical se posicionou e tornou o dia 2 de junho um momento para protestar contra a repressão policial.
O movimento The Show Must Be Paused (O Espetáculo Tem de Ser Interrompido) tem como objetivo mostrar solidariedade com a comunidade afro-americana, uma das mais importantes da música norte-americana.
Várias editoras e gravadoras, como a Warner Music, Universal Music, Sony Music ou a Capitol Records também se juntaram ao movimento Blackout Tuesday, cujo o mote é desligar-se do trabalho e reconectar-se com a comunidade nesta terça (2).
O Spotify também se juntou ao protesto silencioso, anunciando que irá lutar "contra as injustiças e as desigualdades" com "várias atividades dentro e fora da plataforma", entre elas inserir intervalos de 8min e 46 segundos entre as playlists, tempo que durou a asfixia do policial contra Floyd.
Além das editoras, gravadoras, das plataformas de streaming e das rádios, vários artistas estão também anunciaram que iam aderir ao blackout. Quincy Jones, Mick Jagger, dos Rolling Stones, Billie Eilish, Foals, George Daniel, dos The 1975, e os BTS são alguns dos artistas que se manifestaram nas redes sociais.