Os passageiros a bordo foram examinados
EFE/EPA/STRINGER CHINAO governo da China iniciou na noite de sexta-feira (31) seu plano de repatriação de cidadãos que residem em áreas isoladas de Hubei que estavam retidos no exterior sem poder voltar para casa devido ao surto do coronavírus em Wuhan.
A agência oficial de notícias "Xinhua" informou neste sábado (1) que ontem dois voos foram enviados pelo governo chinês para trazer 199 cidadãos de Bangcoc (Tailândia) e Kota Kinabalu (Malásia), dois destinos turísticos populares no sudeste da Ásia.
Os dois voos fretados operados pela Xiamen Airlines chegaram ao Aeroporto Internacional de Wuhan Tianhe, na sexta à noite e os passageiros a bordo foram examinados.
Aqueles com sintomas de febre serão imediatamente colocados em quarentena para evitar a propagação desta doença que já causou 259 mortes, 11.791 infecções, enquanto 243 pessoas já se curaram.
A cidade de Wuhan, o epicentro do surto, assim como em outras na província de Hubei, está isolada desde o último dia 23 de janeiro para tentar conter a propagação do vírus.
A porta-voz chefe do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying, já havia informado ontem (31) a decisão de repatriar os cidadãos desta província.
Além disso, em um breve comunicado, o Ministério das Relações Exteriores chinês disse que "o governo decidiu enviar voos fretados para trazê-los de volta diretamente para Wuhan o mais rápido possível". O comunicado não especificou prazos, nem o número de cidadãos de Hubei que poderiam estar no exterior neste momento.
Nos últimos dias, as redes sociais registraram protestos não apenas de chineses, mas de outros cidadãos asiático pela rejeição sofrida em diferentes países como resultado de suas características físicas, em um momento de incerteza internacional em relação ao vírus.
Além dessas dificuldades, existem outras, como o cancelamento de voos para a China por várias companhias aéreas e o fechamento de fronteiras decretadas por vários países.