Chávez está se recuperando de uma infecção respiratória em Cuba
BBCO vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta segunda-feira (7) que a oposição ao presidente Hugo Chávez receberá uma "lição histórica" se realizar a greve nacional que estaria sendo planejada para quinta-feira.
Convocada por meio das redes sociais por opositores residentes nos Estados Unidos, a chamada "greve cívica nacional", segundo Maduro, "fracassará como ocorreu" com a paralisação que há dez anos foi feita para forçar a renúncia de Chávez.
— Vão sair derrotados novamente. Se a oposição, a direita, está convocando uma nova greve cívica nacional a partir de 10 de janeiro, nosso país vai responder com trabalho e mais trabalho. A resposta de nossa classe operária será trabalhar, lutar e ir às ruas. A resposta será milhões de crianças nas escolas.
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O vice-presidente, que assumiu o governo pois Chávez está em Cuba para se recuperar de uma cirurgia de câncer, disse que opositores em Miami "começaram em vídeos a convocar uma greve cívica" pois "estão enlouquecidos".
— Eles estão se aproximando do que chamamos hora louca. Ao tribunal supremo midiático da direita, que gosta de manipular com mentiras, dizemos: deixem essa choradeira de greve cívica, porque este povo vai dar uma lição histórica superior a de dez anos atrás.
A suposta greve será um ato contra a possibilidade de Maduro seguir como vice-presidente do país a partir de 10 de janeiro, quando começa o mandato de 2013 a 2019, vencido por Chávez nas eleições de 7 de outubro.
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Maduro pediu que os seguidores do governo combatessem em "todas as instâncias a direita", marcada por "ignorância suprema da Constituição e maldade".
O vice-presidente repetiu que, apesar da doença, Chávez "está em uso absoluto e em desenvolvimento de todas suas funções como presidente" e que o ato de posse de quinta-feira, no qual deverá jurar o cargo, é um "formalismo" que será realizado quando ele retornar.
A oposicionista Mesa da Unidade Democrática (MUD) considera que Maduro usurpará as funções presidenciais se o Executivo não ficar desde quinta-feira nas mãos do presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, caso Chávez não possa comparecer à posse.