Ciclone bomba deve perder força antes de chegar a São Paulo
Mortes provocadas no sul do país não devem se repetir em outras regiões, mas, segundo meteorologista, os ventos em SP devem chegar a 100 km/h
Noinsta|Joyce Ribeiro, do R7
O ciclone extratropical que atinge a região sul do país e já provocou ao menos dez mortes está perdendo força, segundo a meteorologista do Tempo Agora, Doris Santos Palma. "O pior já passou, mas ainda vai ventar muito e os estragos podem continuar porque já há danos em telhados e estruturas", afirmou ao R7.
O ciclone nada mais é do que um intenso sistema de baixa pressão atmosférica. O fenômeno está associado a uma frente fria. É também comum nesta época do ano, mas desta vez houve um diferencial: a queda brusca de pressão, daí a nomenclatura de "ciclone bomba".
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"Essa queda intensa de pressão não é comum. Fez com que a pressão caísse rapidamente 24 hectopascal. Quando o ciclone se formou ontem, veio com forte chuva e ventos de 90 km/h. Em Clevelândia, no Paraná, as rajadas foram de 120 km/h e, em Curitiba, de 111 km/h. Isso provoca queda de árvores, destelhamento de casas e o mar fica agitado", explicou Doris.
O monitoramento do ciclone é constante e, segundo os meteorologistas, a queda de pressão costuma ocorrer em 24 horas. "Agora ele está se afastando para o oceano e, por estar associado à frente fria, vai chegar ao sudeste do país com menor intensidade, ainda assim com ventos que podem chegar a 100 km/h em São Paulo", afirmou a meteorologista.
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Nesta quarta-feira (1º), as rajadas já chegaram a 70 km/h em São Paulo e os bombeiros receberam mais de 50 chamados de queda de árvores na região metropolitana. Não houve vítimas, mas prejuízos materiais.
"Em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, os efeitos não vão se comparar aos do sul. Houve estragos generalizados, além de mortes em Santa Catarina. Em questão de danos materiais, a gente consegue recuperar, mas não as vidas".
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Por causa da agitação no mar, a Marinha emitiu um alerta de ressaca desde o Rio Grande do Sul até o Rio de Janeiro. Ao longo desta quarta, a ventania continua intensa, o litoral terá mar agitado e, em São Paulo, vai ter mais chuva e queda de temperatura.
Como é possível prever a formação de um ciclone, é papel da Defesa Civil emitir alertas à população de fortes temporais e ventos, como fez o Rio Grande do Sul.