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CPMI do 8 de Janeiro quer acesso à investigação da Câmara Legislativa do Distrito Federal

Deputados distritais se debruçam sobre o mesmo tema; relatora da comissão quer equipe de apoio com técnicos de vários órgãos

Noinsta|Bruna Lima, do R7, em Brasília

Plano de trabalho foi apresentado nesta terça
Plano de trabalho foi apresentado nesta terça

O plano de trabalho da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro busca estabelecer uma relação de troca de informações com as apurações sobre o mesmo tema feitas pelos deputados distritais, na Câmara Legislativa do Distrito Federal. O plano de trabalho da CPMI foi apresentado nesta terça-feira (6) pela senadora e relatora da comissão, Eliziane Gama (PSD-AM).

"Todas as conclusões balizadas lá e alcançadas serão de grande valia para o desenrolar do nosso trabalho, inclusive para que possamos agregar mais informação à sociedade brasileira”, afirmou Eliziane.

A comissão parlamentar de inquérito da Câmara Legislativa, iniciada em fevereiro deste ano, além de investigar as ações de vandalismo em 8 de Janeiro, também inclui as apurações da tentativa de invasão à sede da Polícia Federal em Brasília, em 12 de dezembro de 2022.

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A senadora Eliziane quer ampliar o escopo da CPMI do Congresso Nacional para também incluir esse episódio, além da tentativa de explosão de uma bomba nas proximidades do Aeroporto de Brasília, em 24 de dezembro de 2022.


Outros pontos

No relatório, Eliziane também propõe a criação de uma equipe de apoio aos trabalhos formada por técnicos de diferentes órgãos. Ela cita a participação de servidores do Banco Central, da Controladoria Geral da União (CGU), da Secretaria da Receita Federal, da Polícia Federal e do Tribunal de Contas da União (TCU).

O objetivo, segundo a relatora, é contar com pessoas “que detenham conhecimento de gestão de investigação e de análise de dados, inclusive para que resultados mais aprofundados sejam possíveis”.


Eliziane, no entanto, descarta a necessidade de instituir sub-relatorias e grupos de trabalho, “na medida em que não há nenhum fato relevante com grau de autonomia suficiente para justificar qualquer pretensão”.

Ponto a ponto

A relatora pretende investigar fatos que antecederam os atos de 8 de janeiro. Além dos acontecimentos em 12 e 24 de dezembro de 2022, a senadora quer identificar mentores, financiadores e executores dos acampamentos montados em frente ao Quartel-General do Exército.

Agentes políticos que, pelas redes sociais, fizeram manifestações públicas contra o resultado das eleições também estão incluídos entre os fatos a serem investigados, bem como a atuação de órgãos das Forças Armadas nos acampamentos.

Entre os primeiro convocados, na avaliação de Eliziane, estariam o ex-ministro da Justiça de Bolsonaro e ex-secretário de Segurança do DF, Anderson Torres, além de Mauro Cid, ex-ajudante de ordem de Bolsonaro.

O plano de trabalho ainda precisa ser aprovado pelos membros da CPMI.

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