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Governo vai autorizar vacinação em crianças com prescrição médica

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que vai liberar a imunização em crianças, mas ela não será obrigatória

Noinsta|Augusto Fernandes, do R7, em Brasília

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou, nesta quinta-feira (23), que o governo federal vai liberar a vacinação contra a Covid-19 para crianças entre 5 e 11 anos de idade, mas que vai condicionar a imunização desse público à apresentação de uma prescrição médica.

"O documento que vai ao ar é um documento que recomenda a vacina da Pfizer. A recomendação nossa é que essa vacina ela não seja aplicada de forma compulsória. Essa vacina estará vinculada à prescrição médica, e a recomendação obedece às orientações da Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária]", declarou o ministro, em entrevista à imprensa.

Queiroga ainda destacou que a vacinação em crianças não deve ser obrigatória e afirmou que deve caber aos pais a decisão de autorizar que os filhos sejam imunizados contra a Covid-19. 

"Nós estamos aqui exercendo a nossa soberania as prerrogativas do Ministério da Saúde, deixando as famílias tranquilas, os pais, as mães, para que eles possam livremente optar por vacinar ou não seus filhos, após a orientação do médico e a assinatura do termo de consentimento livre esclarecido", afirmou.


De acordo com Queiroga, o Ministério da Saúde deve montar uma lista de prioridades para a vacinação das crianças, com aquelas com comorbidade ou imunossuprimidas sendo atendidas primeiro. "A nossa ideia é contemplar essas crianças como prioritários. Esses que têm comorbidades ou os que têm contato com pais ou com pessoas que são responsáveis que têm problemas de imunodeficiência, que são mais vulneráveis, e a criança eventualmente pode, ao contrair o vírus, transmitir o vírus para uma pessoa de maior vulnerabilidade", explicou.

"Não que nós tenhamos o interesse de vacinar as crianças somente para evitar que elas transmitam a doença, uma vez que as crianças têm formas menos graves da doença, mas esse é um grupo prioritário. E os outros grupos que não têm comorbidade, de acordo com a vontade dos pais, eles podem também tomar a vacina", acrescentou.


O ministro ainda comentou que as vacinas reduzem a quantidade de óbitos e podem frear a quantidade de casos da doença, o que ajudará no controle da pandemia. "Reduzindo os casos, nós temos a ideia de que isso também reduziria internações hospitalares e, consequentemente, de forma indireta, se pode pressupor que nós reduziremos também crianças com síndromes respiratórias agudas graves e com outras complicações tardias do Covid que afetam as crianças", destacou.

Na última quinta-feira (16), a Anvisa autorizou o uso da vacina da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos. A imunização será feita em duas doses com um intervalo de três semanas entre elas.

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