Brasil volta a crescer e economia sinaliza início de retomada em 2017
Reação do PIB puxou alta do emprego e retomou o consumo das famílias
Retrospectiva 2017|Alexandre Garcia, do R7
O ano de 2017 marcou o fim da recessão econômica que afligiu o Brasil nos anos de 2015 e 2016. Junto com a saída do “fundo do poço” surgiram os primeiros indicadores positivos de queda do desemprego, aumento da renda, melhora no consumo das famílias e queda dos juros.
Após amargar oito trimestres consecutivos de resultados negativos, o PIB brasileiro — que representa a soma de todos os bens e serviços produzidos no País — voltou a crescer em todos os períodos de 2017.
O Brasil saiu da recessão o com uma alta de 1% no primeiro trimestre. Os desempenhos dos dois períodos seguintes foram mais tímidos, mas ainda assim positivos, com altas de, respectivamente, 0,2% e 0,1%. Os dados consolidados de 2017 serão divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) somente no dia 1º de março.
Entre os meses de janeiro e setembro, o resultado positivo de 0,6% do PIB foi impulsionado pelo bom desempenho da agropecuária (14,5%), indústrias extrativas (+5,9%) e dos setores de importação (+3,9%) e exportação (+4%).
Na contramão dos ramos com bom desempenho em 2017, a construção (-6,1%) e os serviços (- 0,2%) amargam resultados negativos no acumulado dos três primeiros trimestres do ano.
Desemprego
A alta do PIB brasileiro nos três trimestres de 2017 também foi guiada pelo aumento de 0,4% do consumo das famílias, que voltaram às compras influenciadas pela queda do desemprego.
Dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontam que o número de desocupados no País recuou para 12.961 milhões de pessoas (12,4%) no trimestre encerrado em setembro.
Apesar da melhora do índice de desemprego, os postos de trabalho mais criados em 2017 eram informais. Ou seja, sem carteira assinada.
No caso dos empregos formais, o Brasil registrou um crescimento de 302.189 empregos com carteira assinada até o mês de outubro, segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).