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De adolescentes a idoso, lembre os casos de violência policial em 2017

Uma das ações marcantes foi a chacina do Morumbi, que vitimou 10 suspeitos

Retrospectiva 2017|Kaique Dalapola, do R7


Este ano foi marcado por diversos casos de violência policial no Estado de São Paulo. De acordo com os dados oficiais, fornecidos pela SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo), até outubro de 2017, policiais civis e militares mataram 745 pessoas. Durante todo o ano passado, 857 pessoas foram mortas por policiais.

Ação da Polícia Civil deixou 10 mortos no Morumbi, em setembro
Ação da Polícia Civil deixou 10 mortos no Morumbi, em setembro

O caso com mais vítimas de ação da polícia foi a chacina que aconteceu na região do Morumbi (zona oeste da capital paulista), em 3 de setembro. Na ocasião, policiais civis do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos) e do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) mataram dez homens suspeitos de roubar uma mansão no bairro. Essa foi a ação policial mais sangrenta desde o caso da Castelinho, em Itu, no ano de 2002, quando 12 supostos membros da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) foram assassinados por PMs.

O primeiro caso de violência policial neste ano ocorreu logo em 1º de janeiro. Um policial militar matou um guarda municipal em Itapecerica da Serra, região metropolitana de São Paulo, na noite de Ano Novo. As investigações apontam que o guarda havia discutido com um homem que teria chamado um amigo PM para resolver o desentendimento. O policial, então, matou Francisco de Assis dos Santos Feitosa.

O ano teve também PM matando outro policial militar. O caso aconteceu em 6 de maio deste ano. Os PMs aposentados Hector Marcelo Vieira e Marcos Antônio Abrahão trocaram tiros no bairro de Moema, zona sul de São Paulo. O cabo Abrahão morreu e o soldado Vieira foi preso em flagrante. O R7 teve acesso às imagens de câmera de segurança que mostraram o momento que os policiais trocaram tiros.

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Jovem teria sido espancado com um taco de madeira
Jovem teria sido espancado com um taco de madeira

Investigações da Polícia Civil também apontam que a violência policial ultrapassou os limites das armas fornecidas pelo Estado. Em 24 de abril deste ano, testemunhas dizem que o adolescente Gabriel Paiva, 16 anos, foi espancado por policiais militares no bairro onde morava, a Vila Missionária, zona sul de São Paulo. A apuração da polícia aponta que um dos PMs envolvidos na ocorrência, Jefferson Alves de Souza, usou um taco de madeira para espancar Gabriel. O jovem morreu no hospital quatro dias depois. Além de Jefferson, que é conhecido na região como "Negão da Madeira", o PM Thiago Quintino Meche está preso preventivamente no Presídio Militar Romão Gomes.

No dia 10 de outubro, a avenida Cangaíba, na zona leste da capital paulista, recebeu protesto de moradores da região. Na manhã daquele dia, o adolescente Mateus Ribeiro da Costa, de 16 anos, foi morto pela Polícia Militar. Na versão da PM, o jovem estaria cometendo roubos na região e resistiu à voz de prisão dos policiais. A família, no entanto, afirma que o adolescente havia saído de casa desarmado para ir comprar pão em uma padaria da região. Na mesma semana da morte, muros da favela Morro da Sé, onde Mateus morava, foram pichadas com ameaças de morte ao líder comunitário do local.

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Outro adolescente morto pela PM de São Paulo foi Luan Gabriel Nogueira de Souza, de 14 anos. Ele morreu baleado por um policial militar com um tiro na nuca, no dia 5 de novembro, no bairro Parque João Ramalho, em Santo André, no ABC. As investigações da Polícia Civil dizem que o adolescente havia participado do furto de uma moto na região, e um patrulhamento da PM viu o jovens desmontando o veículo. Na tentativa de abordar o grupo, Luan teria fugido com uma arma na mão e disparou contra os PMs — isso justificaria o tiro do policial. A mãe do jovem nega a versão policial e diz que o filho saiu apenas para comprar bolacha.

Idoso foi baleado por PM que tentou acertar suspeito
Idoso foi baleado por PM que tentou acertar suspeito

Dos adolescentes para um idoso de 70 anos. Em julho, o pedreiro aposentado Ângelo Conceição morreu vítima de um tiro após ação da Polícia Militar, em São Bernardo do Campo, também no ABC. Investigações da Polícia Civil apontaram que o idoso foi vítima de um tiro que o cabo da PM Marcos Rogério da Silva deu para acertar um suspeito que teria atirado contra o policial.

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