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Prisão de ex-presidente do COB marcou ano olímpico

Carlos Arthur Nuzman comandou a entidade entre 1995 e 2017

Retrospectiva 2017|Dado Abreu, do R7


Carlos Arthur Nuzman: do Leblon para a prisão
Carlos Arthur Nuzman: do Leblon para a prisão

Um ano após a Rio 2016, o ano olímpico no Brasil não foi marcado por recordes, conquistas e medalhas. Longe disso. As prisões do ex-presidente do COB (Comitê Olímpico do Brasil) Carlos Arthur Nuzman,e do diretor-geral do Comitê Organizador dos Jogos, Leonardo Gryner, estiveram entre os destaques do noticiário esportivo.

Em outubro, ambos foram detidos na operação Unfair Play por suspeita de participação em um esquema de compra de votos para a escolha do Rio de Janeiro como sede da Olimpíada. Na denúncia, os procuradores federais apontaram para a ocultação de bens de Nuzman, incluindo 16 barras de ouro depositadas em um cofre na Suíça, e citaram o crescimento “exponencial” do patrimônio do dirigente entre 2006 a 2016: 457%.

Segundo a investigação policial, ele e Gryner eram os principais elos entre o esquema de propinas do então governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), e membros africanos do COI (Comitê Olímpico Internacional), que teriam vendido seus votos na eleição da cidade-sede.

Alguns dias depois, em julgamento de habeas corpus, a 6ª Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça) colocou Carlos Arthur Nuzman e Leonardo Gryner em prisão domiciliar.

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O caso fez com que Nuzman renunciasse à presidência do Comitê Olímpico do Brasil após 22 anos no cargo — ele comandou o COB entre 1995 e 2017. Com isso, Paulo Wanderley, vice-presidente da entidade desde o começo do ano, assumiu o posto.

Coaracy, o primeiro a cair

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Meses antes, em abril, a operação Águas Claras, que apurou um esquema de desvio de recursos públicos repassados à Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), deteve quatro pessoas, entre eles o ex-presidente da entidade, Coaracy Nunes.

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As investigações acompanharam o destino de cerca de R$ 40 milhões repassados à CBDA. Há indícios de um esquema de desvios de recursos públicos captados por meio de convênios e leis de fomento ao esporte, sem a devida aplicação — conforme previsto em lei e nos contratos assinados. Segundo o inquérito policial, em vez de os valores recebidos serem aplicados corretamente (em incentivos aos esportes aquáticos e na viabilização de práticas esportivas aquáticas), os recursos eram mal geridos ou desviados para proveito pessoal dos investigados.

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Três meses depois de prisão preventiva, Coaracy Nunes e outros três ex-dirigentes da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos — Sérgio Alvarenga (diretor financeiro), Ricardo de Moura (superintendente) e Ricardo Cabral (diretor de polo aquático) — tiveram habeas corpus concedido e desde então cumprem prisão domiciliar.

Atletas ganham mais participação

No fim do ano, a mudança de ares no COB beneficiou os atletas, principais afetados pela administração anterior. Depois de idas e vindas, uma Assembleia Geral Extraordinária aprovou, por unanimidade, a ampliação da representatividade dos atletas nas reuniões do comitê. A partir de dezembro, eles passaram a ter 12 assentos nas assembleias da entidade, pleito que vinha sendo defendido por organizações ligadas aos esportistas.

Ao mesmo tempo, dez dos principais clubes olímpicos do país também lutam por espaço. Eles divulgaram nota em que pedem que as duas cadeiras destinadas a “membros independentes” nos novos conselhos criados pelo Comitê sejam destinadas a representantes desses clubes.

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